Porquê escolher Linux?
Fonte : Tech&Net
Ok, então o que é o Linux?
Sem entrar em detalhes técnicos, o Linux é um sistema operativo tal como o Windows, com a diferença de que o Linux devido à forma como é construido, permite uma versatilidade, uma plasticidade, uma capacidade de adaptação que poucos sistemas operativos conseguem atingir.
O Linux corre em praticamente tudo o que é hardware, tendo por vezes alguma dificuldade com hardware mais exótico. Muitos são os equipamentos que correm Linux, normalmente as pessoas surpreendem-se ao descobrir que usam Linux sem se aperceberem, por exemplo ao usar o Google ou o Youtube ou 90% dos sites na Internet estamos a usar serviços que correm em servidores Linux. Alguns eletrodomésticos usam Linux, desde frigoríficos, televisões etc. As probabilidades de estar a usar Linux no seu smartphone são muito altas uma vez que o sistema operativo Android detém a maior quota de mercado, e este é uma versão modificada de Linux. A razão, em parte, destas qualidades do Linux é o facto de que Linux é software Livre.
E o que é Software Livre?
O software Livre ou de código aberto(Open Source), é todo o software que adota uma licença Livre, sendo a mais comum a GPL – General Public License (Licença Pública Geral). Esta Licença em particular garante ao utilizador 4 liberdades fundamentais.
- A liberdade de usar o software, para qualquer propósito.
- A liberdade de estudar o software e adaptá-lo para as suas necessidades.
- A liberdade de redistribuir cópias do software de modo a que possa ajudar o próximo.
- A liberdade de aperfeiçoar o programa, e redistribuir as alterações, de modo que toda a comunidade beneficie delas, as alterações devem estar também sob a licença GPL.
Para garantir todas as liberdades da licença GPL, o(s) programador(es) autor(es) do software devem providenciar o código fonte do programa, trocando por miúdos, o autor do programa deve disponibilizar a receita que permite fazer o programa funcionar a quem quer que o queira ver.
Ok, mas qual é a Importância destas Liberdades?
Imaginemos o seguinte cenário, a Microsoft decide que o próximo Windows só dá em computadores muito mais potentes e por sinal muito mais caros. E descontinua completamente o Windows atual, sendo o código deles eles podem fazer isso, obrigando os consumidores a fazer uma atualização de hardware isto se quiserem continuar a usar o sistema operativo Windows. E em cima disto tudo aumenta o preço das licenças para o dobro. É certo que é um caso muito improvável de acontecer no mundo real.
Se estiver preso ao Windows não há muito que fazer, tinha de obedecer e atualizar o hardware e as licenças quer em casa quer no trabalho, isto se quisesse permanecer seguro e com atualizações. Depende do software de uma só companhia, e não pode fazer nada.
Tem em mãos um serio problema. Está super-dependente de uma só firma e tem de lhe confiar cegamente os destinos do seu computador para que ele continue a funcionar normalmente.
E se o Windows tem um bug ou uma vulnerabilidade que o incomoda e a Microsoft não a encontra, ou imagine que a Microsoft se lembra de alterar completamente a forma de interagir com o Windows, e faz com que tenha de aprender quase que de novo a forma como interage com o seu computador. Não há muito que possa fazer a não ser aguentar, pode instalar mais uma ou outra aplicação, mas nunca desinstalar o que vem predefinido, esse vai estar sempre em plano de fundo a ocupar recursos preciosos do seu computador.
No mundo Open Source se um projeto em particular segue um determinado caminho que não agrada à comunidade, nada se perde, sendo o código-fonte livre a comunidade pode juntar-se e bifurcar(em inglês fork) o projeto de forma a manter as qualidades que a comunidade tanto gosta e continuar a melhorar o projeto sem ir na direção que o projeto inicialmente decidiu ir. Exemplos disso são o GNOME e o MATE, quando a GNOME traçou o caminho para a sua versão 3, parte da comunidade não gostou dessa direção, então pegou na ultima versão disponível da versão 2(2.32) do projeto e formou o projeto MATE que mantém as qualidades que a comunidade tanto gosta. No fim quem ganhou foi o utilizador, tendo assim mais uma opção de escolha.
No caso de ser um bug a incomodar, podemos enviar um relatório de erro com bug, ou mesmo falar com o programador autor do programa, ou ainda melhor, corrigi-lo nós mesmos(ou contartar um programador para o fazer) e enviar as alterações de volta para o projeto de forma a que outros beneficiem do melhoramento que fizemos. Com software proprietário nós não poderíamos corrigir o bug pelas próprias mãos. E comunicar o bug à empresa proprietária pode ser extremamente complicado e, ainda temos que esperar que a pequena equipa de programadores da empresa veja e corrija o erro atempadamente, independentemente do tamanho da empresa, esta nunca tem uma comunidade de milhões de programadores dispostos a participar e ajudar, assim quando uma vulnerabilidade ocorre em Linux, normalmente esta é corrigida muito rapidamente o que não permite que haja a proliferação de tantos vírus em Linux.
Fonte: Why Linux Is Better